quarta-feira, 30 de março de 2016

A melhor sensação do mundo era você entre minhas pernas, sua barba áspera raspava minhas coxas.
A pior sensação do mundo foi me perceber cansada de suas partes, não seu pau, não tinha nada de errado com ele. O problema era sua cabeça.
E a sensação mais tranquila foi perceber que há outras barbas ralas, outros paus, outras línguas que agem em silêncio enquanto não encontro uma mente e um corpo que me acompanhem.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Eu não vou beber seu sangue, não quero suas maldições em mim e tão pouco vou te acariciar os cabelos invasores, não vivo na sua roda de virtudes desesperadas, risos fáceis e exibicionismos.
Você não vai me achar procurando tão a cima, eu não vivo nessas superfícies táteis, meu bioma é mais abaixo da pele, dos ossos, mais próximo aos segredos e medulas.
E é isso que te seduz, te atrai e ao mesmo tempo te aterroriza, dentro do meu olho esquerdo qualquer um pode ver o deleite e o fim, pequenas mortes consecutivas como luzes que passam pela janela do carro que corre dentro do túnel.
E quando meu sorriso surgir, vai ser o fim de mais um dia e quem sabe, com sorte, nosso último.